Reconhecimento Público
Poços de Caldas (MG)
Conheça a trajetória de vida dos(as) profissionais da educação e suas experiências educativas
Categoria Cultura de paz
Nívia Vasques de Oliveira Figueiredo
Instituição:Escola Municipal Dr. Haroldo Affonso Junqueira
Município: Poços de Caldas, Minas Gerais
Ciclo: 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental
Função: Professora
Projeto: Semana Educação para a Vida: 'O Futuro é Logo Ali'
O projeto "Semana Educação para a Vida: 'O Futuro é Logo Ali'", idealizado pela professora Nívia Vasques de Oliveira Figueiredo, é um convite a sonhar e acreditar. Realizado na Escola Municipal Dr. Haroldo Affonso Junqueira, em Poços de Caldas, o projeto inspira os jovens a refletirem sobre suas escolhas e a plantar, com esperança e coragem, as sementes de um futuro promissor. Alinhado à proposta da lei 11988/09, ele traz a consciência de que, ao cultivar seus desejos e traçar suas metas, cada um pode viver em paz com suas decisões e trilhar um caminho cheio de possibilidades. Durante o mês de agosto de 2024, foram organizadas palestras e conversas com profissionais de diversas áreas, incluindo psicólogos(as), empreendedores(as), bombeiros(as), músicos(as) e ex-alunos(as), para compartilhar suas experiências e trajetórias. A diversidade de convidados(as) possibilitou que os(as) estudantes conhecessem diferentes carreiras e encontrassem inspirações para seus próprios caminhos. O projeto culminou com uma visita ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio - SENAC de Poços de Caldas, onde os alunos participaram de atividades que expandiram suas perspectivas profissionais. O projeto se destaca por promover competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente aquelas relacionadas a Projeto de Vida e Diversidade Cultural, colaborando assim com a cultura de paz. Por meio da interação com profissionais e reflexões sobre escolhas pessoais, os alunos foram incentivados a se organizar, estabelecer metas e desenvolver autoconfiança, preparando-se para enfrentar desafios futuros. A professora Nívia trouxe para o projeto sua própria história de superação e dedicação: “Sou de origem simples, filha de pais com o Ensino Fundamental incompleto. Percebi que a educação seria a chance de mudar de vida, uma vez que, desde os 12 anos, precisei trabalhar para ajudar a complementar a renda familiar. Hoje, em minha prática pedagógica, utilizo metodologias ativas com o intuito de despertar interesse, criar um ambiente leve, seguro e atrativo, no qual todos tenham a oportunidade de vivenciar o mesmo amor pelo conhecimento, de maneira acessível e prazerosa".
Categoria
Educação ambiental
Elaine Cristina Carvalho Delgado Silva
Instituição: Escola Municipal Wilson Hedy Molinari
Município e estado: Poços de Caldas, Minas Gerais
Ciclo: Fundamental I e II
Função: Professora
Projeto: Mosquitoeira, uma forma de cooperar no combate à dengue
Quando criança, Elaine Cristina sonhava em se tornar professora por acreditar que poderia mudar vidas positivamente a partir da sua profissão. “Vim de uma família humilde, e lutei muito para chegar até aqui. Ser professora, hoje em dia, é enxergar as potencialidades dos alunos e explicar que existe uma infinidade de possibilidades para o futuro e oportunizando novos rumos.” Como educadora, Elaine enxergou um problema além dos muros da escola e desenvolveu um projeto, junto com seus alunos(as): Mosquitoeira, uma forma de cooperar no combate à dengue. A iniciativa envolveu estudantes do 5º ao 9º ano, seus familiares e colaboradores da instituição de ensino. “Com a incidência de vários casos de dengue em toda a comunidade escolar, surgiu a necessidade de fazermos algo para contribuir com o combate à dengue. Após pesquisar, tivemos a ideia de construir mosquitoeiras, para os alunos colocar em suas residências e distribuir para vizinhos num raio de 100 metros, distância que o mosquito atinge”, relata a professora. Para o desenvolvimento da mosquitoeira foram utilizados os seguintes materiais: garrafa pet, [tecido] tule, fita isolante e ração de gato. Além de construir a armadilha para os mosquitos transmissores da doença, Elaine trabalha o tema com os estudantes nas disciplinas de Português, por meio de textos informativos; em História, para entender como surgiu o inseto; em Matemática, para compreender a quantidade de ovos depositados por cada fêmea do mosquito; e em Ciências, com o objetivo de compreender os sintomas da doença e o tipo de ambiente propício para a proliferação do mosquito. O projeto da área de Educação Ambiental se alinha às diferentes competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como “interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde.” “Sou professora há 30 anos, e é extremamente gratificante colher os frutos da minha profissão. Sinto que estou no caminho certo quando olho para os meus alunos, pois, por meio do respeito, carinho e do interesse pelas minhas aulas, procuro ser mais do que uma professora, de forma que os alunos percebam que a educação é o caminho para a realização de sonhos.”
Categoria
Educomunicação
Mariana Aparecida de Carvalho
Instituição: E.M.D. Mariquinhas Brochado / ECAH - Espaço Cooperativo de Aprendizagem Horizonte (Projeto EJA)
Município e estado: Poços de Caldas, Minas Gerais
Ciclo: 9º ano do Ensino Fundamental
Função: P II - professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação
Projeto: Oficina de redação: escreviver o mundo
“É interessante observar que há uma mudança natural, com o passar do tempo, em que os alunos se sentem à vontade para se expressar, pois já não temem ser ridicularizados pelos demais.” A fala de Mariana Aparecida de Carvalho, professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, dá pistas sobre o projeto educomunicativo pelo qual é responsável, iniciado em agosto deste ano. Proporcionar um ambiente de debates saudáveis e, ao mesmo tempo, trabalhar diferentes gêneros textuais, principalmente o dissertativo/argumentativo, cobrado pelos vestibulares, foi a proposta das Oficinas de redação: escreviver o mundo, oferecidas durante um semestre no contraturno escolar de forma gratuita a estudantes do 9º ano do ensino fundamental que desejam aprofundar seus conhecimentos e técnicas de redação. A proposta conecta-se a diversas habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): debates sobre temáticas sociais relevantes, atuação cidadã, oralidade, argumentação, pesquisa de informações, posturas e posicionamentos e outras. Com apenas dois meses da iniciativa, já é possível notar resultados. Um dos aspectos fundamentais da oficina foi proporcionar um espaço seguro e democrático para que alunos mais tímidos e reservados, além daqueles que tinham maior dificuldade em se posicionar nas aulas de redação do ensino regular, pudessem trabalhar sua autoconfiança a fim de aprimorar suas habilidades de argumentação e escrita. Muitos, inclusive, com a ajuda da oficina, conseguiram recuperar conteúdos e notas. “É satisfatório perceber que todo esse movimento tem funcionado e que as discussões têm possibilitado que os alunos deem vida aos seus textos, pois a escrita é gradual e o processo acontece à medida que vamos discutindo, argumentando e contra-argumentando. Alunos que antes plagiavam textos, pois diziam não saber nada sobre o assunto, perceberam, na oficina, que sabem mais do que imaginam e que, tudo que parecia irrelevante, pode se transformar em material para a criação, sendo preciso apenas aplicar o tratamento adequado às informações que se tem em mãos.”